
A criança explora o mundo à sua volta e a aquisição de novas habilidades e capacidades deixam-na vulnerável a quedas e acidentes. Os traumatismos cranianos são frequentes nas crianças e apesar de na maioria dos casos não causarem complicações, alguns traumatismos podem ser muito graves.
O que fazer em caso de Traumatismo Craniano?
Acalmar a criança e mantê-la num ambiente calmo e tranquilo
Colocar gelo no local do impacto - o gelo deve ser aplicado imediatamente após o traumatismo pois tem efeito anti-inflamatório; no entanto, não deve ser colocado diretamente sobre a pele pois pode causar uma queimadura
Verificar se existem outras lesões em outras partes do corpo
Em caso de dor de cabeça pode-se administrar um analgésico (por exemplo paracetamol) e vigiar se existe melhoria da dor
Na medida em que podem ocorrer vómitos após o traumatismo, é importante aguardar e verificar como evolui o quadro. Se não ocorrer vómitos e a criança estiver bem consciente, ou seja no seu estado habitual, pode-se oferecer algo para comer ou beber
Existe a crença de não deixar a criança dormir após um traumatismo craniano. No entanto, o não deixar a criança dormir não ajuda na vigilância e eventual observação médica posterior pois vai deixá-la mais irritada, com sono e chorosa. Além disso, quando se aproxima um período do dia em que a criança habitualmente está a dormir é natural que esteja mais sonolenta. É recomendável deixar a criança dormir normalmente e vigiar o sono, tentando acordá-la de vez em quando e vendo como ela reage
Observar a criança e avaliar a presença de sinais de alarme
Observação médica na presença dos seguintes sinais de alarme
Impacto de alta energia
Este tipo de avaliação é um pouco subjetiva, mas considera-se impacto de alta energia as seguintes condições:
- Queda de mais de 1 metro de altura em crianças com idade inferior a 2 anos de idade ou queda de mais de 1,5 metros de altura em crianças com idade superior a 2 anos de idade;
- Atingimento da cabeça por projétil a alta velocidade;
- Acidente de viação ou atropelamento.
Perda de consciência ou desmaio
Convulsões
Amnésia
Vómitos
Convulsões
Alterações da mobilidade ou sensibilidade de algum dos membros
Alterações do comportamento
Alterações na fala ou da visão
Desequilíbrio
Líquido claro saindo pelo nariz ou pela boca ou sangue pelo ouvido
Sonolência excessiva em que a criança não desperta quando estimulada
Choro ou irritabilidade persistente que não acalma
Dor de cabeça forte e persistente
As crianças são curiosas, imprevisíveis e não sabem avaliar o perigo e, quando menos se espera, os acidentes podem acontecer. Muitos acidentes podem ser evitados…e compete aos pais, aos educadores, aos professores e aos profissionais de saúde evitá-los.
É necessário adquirir hábitos seguros desde o primeiro dia de vida.
Através da adoção de regras muito simples é possível criar um ambiente seguro, acolhedor e estimulante para a criança crescer.
Autor - Mariana Branco
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