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Traumatismo craniano. Conselhos aos pais e cuidadores

Foto do escritor: Assoc. Pediátrica VianaAssoc. Pediátrica Viana

Atualizado: 3 de set. de 2018



A criança explora o mundo à sua volta e a aquisição de novas habilidades e capacidades deixam-na vulnerável a quedas e acidentes. Os traumatismos cranianos são frequentes nas crianças e apesar de na maioria dos casos não causarem complicações, alguns traumatismos podem ser muito graves.

O que fazer em caso de Traumatismo Craniano?

  • Acalmar a criança e mantê-la num ambiente calmo e tranquilo

  • Colocar gelo no local do impacto - o gelo deve ser aplicado imediatamente após o traumatismo pois tem efeito anti-inflamatório; no entanto, não deve ser colocado diretamente sobre a pele pois pode causar uma queimadura

  • Verificar se existem outras lesões em outras partes do corpo

  • Em caso de dor de cabeça pode-se administrar um analgésico (por exemplo paracetamol) e vigiar se existe melhoria da dor

  • Na medida em que podem ocorrer vómitos após o traumatismo, é importante aguardar e verificar como evolui o quadro. Se não ocorrer vómitos e a criança estiver bem consciente, ou seja no seu estado habitual, pode-se oferecer algo para comer ou beber

  • Existe a crença de não deixar a criança dormir após um traumatismo craniano. No entanto, o não deixar a criança dormir não ajuda na vigilância e eventual observação médica posterior pois vai deixá-la mais irritada, com sono e chorosa. Além disso, quando se aproxima um período do dia em que a criança habitualmente está a dormir é natural que esteja mais sonolenta. É recomendável deixar a criança dormir normalmente e vigiar o sono, tentando acordá-la de vez em quando e vendo como ela reage

  • Observar a criança e avaliar a presença de sinais de alarme


Observação médica na presença dos seguintes sinais de alarme

  • Impacto de alta energia

Este tipo de avaliação é um pouco subjetiva, mas considera-se impacto de alta energia as seguintes condições:

- Queda de mais de 1 metro de altura em crianças com idade inferior a 2 anos de idade ou queda de mais de 1,5 metros de altura em crianças com idade superior a 2 anos de idade;

- Atingimento da cabeça por projétil a alta velocidade;

- Acidente de viação ou atropelamento.

  • Perda de consciência ou desmaio

  • Convulsões

  • Amnésia

  • Vómitos

  • Convulsões

  • Alterações da mobilidade ou sensibilidade de algum dos membros

  • Alterações do comportamento

  • Alterações na fala ou da visão

  • Desequilíbrio

  • Líquido claro saindo pelo nariz ou pela boca ou sangue pelo ouvido

  • Sonolência excessiva em que a criança não desperta quando estimulada

  • Choro ou irritabilidade persistente que não acalma

  • Dor de cabeça forte e persistente


As crianças são curiosas, imprevisíveis e não sabem avaliar o perigo e, quando menos se espera, os acidentes podem acontecer. Muitos acidentes podem ser evitados…e compete aos pais, aos educadores, aos professores e aos profissionais de saúde evitá-los.

É necessário adquirir hábitos seguros desde o primeiro dia de vida.

Através da adoção de regras muito simples é possível criar um ambiente seguro, acolhedor e estimulante para a criança crescer.
 

Autor - Mariana Branco

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