É uma doença benigna, causada por vírus respiratórios e que afecta as cordas vocais.
Surge, em geral, em crianças com menos de 6 anos e transmite-se pelas secreções respiratórias.Pode começar por uma constipação, com congestão nasal e pingo no nariz, e evoluir, 12 a 48 horas depois, para a típica “tosse de cão”, rouquidão, ruído inspiratório (estridor) e dificuldade em respirar.
Também pode existir dor de garganta e febre alta. Habitualmente há agravamento nocturno dos sintomas e a tosse, quando muito intensa, pode provocar o vómito. Os sintomas geralmente melhoram após 2 dias, mas podem persistir durante 1-2 semanas.
Observação médica nas seguintes condições/sinais de alarme:
Agravamento da dificuldade respiratória
Dificuldade em engolir alimentos ou saliva
Episódios de tosse que provoquem sufocação
Incapacidade de falar ou chorar devido à dificuldade em respirar
Lábios azulados / roxos
Vómitos ou dificuldade em alimentar-se
Alterações do estado geral, com prostração ou febre elevada
Como se trata?
Abrir as torneiras de água quente da casa de banho, para que a criança respire os vapores húmidos ou fazer uma nebulização com soro fisiológico.
Se a tosse agravar à noite, tirar a criança da cama e levá-la até à janela, para que respire o ar fresco da noite durante 10 – 15 minutos.
Com temperatura > 38ºC rectal/ > 37.5ºC axilar e/ou com grande desconforto associado, administrar um antipirético, utilizando de preferência a monoterapia com paracetamol. Só se os picos forem inferiores a 4 horas, se deve usar outro fármaco em alternância, como o ibuprofeno.
Não forçar a alimentação e dar líquidos com frequência.
A criança pode voltar à escola ou infantário quando a febre desaparecer e se sentir melhor - a tosse persistente não é razão para deixá-la em casa.
Antibióticos, xaropes da tosse e sedativos não são recomendados.
Autor - Mariana Branco
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